LEVANTAMENTO FÍSICO TOPOGRÁFICO DA ÁREA.
Inclinação da(s) vertente(s) da área;
Determinação dos tipos de solo sequencialmente na(s) vertente(s);
Variação anual, mensal e diária da precipitação;
Umidade relativa do ar e sua variação mensal;
Irradiação solar;
Direcionamento dos ventos;
Delimitação de períodos secos e chuvosos;
Profundidade do lençol freático;
Permeabilidade do solo;
Se há existência de espécies endêmicas ou transmissoras de doenças;
Acompanhamento das curvas de níveis;
Desvio de áreas susceptíveis à erosão ou deslizamentos;
OBJETIVOS
definição do público alvo;
nível de dificuldade da trilha;
largura da trilha;
deve-se estipular mais de uma opção de caminho, já que os percursos devem ser fechados para a recuperação biológica durante um determinado período;
as trilhas devem ser primordialmente interpretativas, enfocando o aspecto da conscientização e da educação, independente do público alvo;
o planejamento da trilha, quanto a interpretação deve se preocupar basicamente com as expectativas do público alvo não deixando de enfocar a problemática ambiental local;
RESTRIÇÃO BIOLÓGICA
corredores de migração da fauna local;
desvio de espécies florísticas importantes ou em extinção (espécie de preservação) ou talvez, o mantimento da mesma no interior da trilha;
manter uma distância significativa dos mananciais hídricos;
restrições à locais de ecossistema muito frágil com a presença humana, assim como locais e horários de reprodução biológica;
extremo cuidado ao introduzir espécies tanto de fauna como de flora no ambiente, porque estes poderão causar significativos desequilíbrios no ecossistema;
deve-se manter ao máximo as espécies de flora de grande porte nas bordas da trilha, as quais irão proteger a trilha, assim como as espécies de porte raso da irradiação direta do sol;
MATERIAL
Uso preferencial de madeira e rochas, de origem local;
Instalação de cestas de coleta seletiva de lixo;
Passarelas, trapiches, plataformas ou mirantes com o mínimo de impacto e constituído de cores escuras (verde primordialmente ou cor natural da madeira);
Sistema de placas de interpretação, conscientização e informação ao visitante;
Utilização de seixos (rocha quartzosa) para contenção de erosão nas extremidades das trilhas favorece na sua durabilidade e impacto sobre o solo;
Materiais auditivos como microfones, caixas de som, por exemplo, não são aconselháveis em ambientes naturais;
Dependendo das dimensões das trilhas, fica a critério a implementação de sanitários no decorrer das trilhas, desde que compõem, sem dúvida, de uma coleta especial dos dejetos;
RECURSOS HUMANOS
A princípio toda e qualquer trilha ecológica deve se preocupar essencialmente com a definição dos seguintes termos:
Intensidade de visitantes;
Tamanho do grupo;
Quantidade de grupos por vez;
Horários de funcionamento da trilha;
no caso de uma trilha guiada, necessita-se de um guia instruído, capacitado e conscientizado permanentemente;
neste caso seria interessante o próprio guia planejar a trilha na qual ele será guia, determinando as paradas, a dificuldade e as atividades ecológicas a serem praticadas;
sem dúvida a trilha necessita permanentemente de uma certo recurso humano capacitado e financeiro para sua devida manutenção e qualidade;
a cultura local como meio de informação ao visitante é excepcionalmente rica;
assim como, os locais onde se encontram culturas primitivas ou semi-primitivas, o conhecimento de todo o ciclo biológico local adquirido por aquelas populações durante muitos anos deve-se levar essencialmente em pauta;
as populações locais devem ser privilegiadas, levadas em consideração e obviamente conscientizadas do porquê da existência daqueles visitantes em suas áreas.
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