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O RISCO DO QUADRICICLO NO TURISMO DE AVENTURA


Turismo de aventura é um segmento do turismo que possui umacaracterística peculiar, é a atividade turística que se destaca pela presençade um elemento fundamental, o risco. 
A grande maioria dos clientes dos passeios envolvendo aventuras desejamprogramas onde a emoção e os riscos estejam inclusos no pacote, porém isso nãosignifica que os participantes estão pagando para sofrer algum tipo deacidente. Ai é que mora o perigo, o cliente quer aventura, mas não quer, nemdeve sofrer danos. Por outro lado, a agência não pode vender seus passeios coma promessa de que a atividade é 100% segura. Nenhuma prática esportiva é 100%segura, até futebol envolve riscos. O que ocorre é que no turismo de aventura,o risco, elemento inerente à atividade, deve ser devidamente minimizadoseguindo normas de seguranças existentes em nosso país.
Hoje o turismo de aventura vive um momento delicado, o risco aumenta acada dia, algumas atividades consideradas turismo de aventura estão sendooferecidas sem os cuidados com o elemento risco.

No Brasil estamos testemunhando os casos de acidentes que envolvem o usoinadequado de equipamentos em diversas modalidades de aventura, sejam naspráticas esportivas ou nas operações turísticas, alguns desses equipamentos,principalmente veículos automotores, estão sendo confundidos com brinquedos.Casos de negligência, imprudência e imperícia estão gerando aumento dosacidentes e fatalidades. Recentemente presenciamos nos noticiários os acidentescom as motos aquáticas (popularmente e erroneamente chamados de Jet Sky). Omesmo tende a acontecer com os quadriciclos, bastante confundidos combrinquedos, andam nas mãos de crianças e em todo o tipo de uso inadequado pelosdestinos turísticos de nosso imenso país.

As atividades com quadriciclos se caracterizam basicamente pelo uso esportivo, recreacional e o turístico. No esportivo consideramos a prática por indivíduos ou grupos que utilizam os quadriciclos para competições e desportos,em passeios, trilhas ou aventuras sem necessariamente fazer uso de guias especializados ou de algum pacote turístico. Esses praticantes são autônomos ou organizados em grupos independentes que realizam a prática esporádica ou regular. 

O uso recreacional se desenvolve nos condomínios,praias, praças e normalmente é feito sem critério algum de segurança e mínimo uso dos equipamentos obrigatórios EPI’s. 

Já no turismo de aventura é uma atividade comercial onde o clientecontrata o serviço de uma empresa para a realização dos passeios, normalmenteesses passeios são acompanhados por um guia e devem seguir normas e critériosespecíficos de segurança além de possuir formação visando oferecer máximo desatisfação e mínimo risco.

Todas as formas de utilização dos quadriciclos podem e devem serdivertidas, seguras e sustentáveis. O  uso de quadriciclos em atividadesde aventura é saudável, perfeitamente compatível com ambientes conservadosdesde que seguindo critérios específicos de segurança, ambientais e técnicos.

Acontece que a prática inadvertida ocorre em todas as formas deutilização dos quadriciclos, hoje em dia é fácil flagrar os absurdos cometidos.É comum ver crianças pilotando equipamentos com potência superior à permitidapara a idade, praticantes conduzindo ou sendo transportados sem capacetes,excesso de passageiros, invasão de propriedades, degradação de áreas sensíveise tráfego em vias públicas, dentre outras irregularidades.
O crescimento do uso indiscriminado provoca diversas consequências. Para o turismo, além do risco da perda irreparável de uma vida, existe a possibilidade do segmento turístico sofrer o mesmo estigma que os acidentes com motos aquáticas estão provocando.
O turismo de aventura como segmento que evoluiu a partir dos esportes radicais é cada vez mais importante à priorização do item segurança, mas não é o que ocorre, principalmente pela pressão comercial. O interesse comercial e o modismo aventura tem gerado uma banalização da atividade com a proliferação do risco em toda parte. Sejam em buffets infantis, parques ecológicos, escolas e no dia a dia, a sociedade está negligenciando a segurança em todos os aspectos, um exemplo corriqueiro é o uso de sandálias de dedo para a prática de atividades esportivas, uma mania nacional criada pela mídia que tem causado lesões diversas nos praticantes. Permitir que seus filhos andassem de skate,bicicleta, etc., sem a devida proteção, é um erro! Bem, isso é pauta para outro post. Voltemos para os quadriciclos.
  No caso dos quadriciclos é imprescindível que todos entendam queesse equipamento não é brinquedo para criança. No turismo de aventura temos aresponsabilidade de cumprir os preceitos das atividades radicais, mas com adevida segurança. Tanto no turismo como na prática esportiva ou de lazerprecisamos colocar a prática segura das atividades envolvendo quadriciclos.
  Devemos promover a devida orientação, e controle das atividadesno efetivo cumprimento das normas de segurança.

EPI’s necessários para a prática do quadriciclo em turismo de aventura.
Colete refletivo
Capacete
Luvas
Óculos
Sapatilha



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